segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Idade

O novo me atrai, me faz pensar como seria se ele se fizesse rotineiro. Tenho que acreditar que dessa vez ele vai conseguir se estabilizar nesse mar de desilusões, ou ilusões, tudo depende do tamanho do ângulo. Quanto maior é, maior é o risco de dar certo, ou errado. Com isso, buscamos o medo que nos vai ser útil outrem. O medo nos aborda. Só ele consegue se fazer presente. Só ele consegue acompanhar meu passo. Esse passo desconcertado que me induz ao erro. Quando erro o passo, alguém se esforça para que eu aprenda, alguém nem nota, alguém finge não ver, alguém acha que errei porque quis, mas você, você diz que eu não sei dançar. Digo que sei, mas por fim tenho que admitir a sua certeza. Sou amadora aos seus olhos. Não tem arma que te atinja. Tento desafiar, mas tudo parece pequeno perto dos seus olhos. Você dança melhor que eu. Ao sentir o calor dos seus olhos, uma diversidade de sensações me dominam. Eu me sinto nua diante dos seus olhos, parece que você vê o que nem eu enxergo. Você me olha num ângulo que ninguém jamais ousou olhar. Eu faço de tudo pra que você note a minha força. Mas você entrou em mim, me desmascarou como uma droga que invade sem pedir licença. Você tem certeza, eu acho. Você conquista, eu atraio. Você ouve, eu falo. Você racionaliza, eu emociono. Você encara, eu fujo. Você ama, eu apaixono. Você é maduro, eu infantil.

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