domingo, 5 de outubro de 2008

PARTE 1 de algo que não sei

Ele deu um passo à frente, ela um passo atrás.

- Por quê?
- O quê?
- Me dá sua mão.
- Sua mão é grande demais pra mim.
- Eu te protejo.
- Por quantas horas?
- Já é alguma coisa.
- Não é nada.
- Melhor que nada.
- Melhor é nada.
- O tempo vai passar. A gente vai deixar de ser o que é.
- A gente é alguma coisa?
- Eu sinto vontade de você.
- Eu também.
- O quê?
- Sinto vontade de mim.
- Só?
- Por hora, sim. Você foi na exposição da Clarisse?
- Não.
- Vai.
- Vou.
- Ela fala de você lá. "Uma das muitas formas de entender é achar bonito".
- Eu?
- É. Você. A gente. Nos entendemos na beleza que não temos.

(...)

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