quinta-feira, 20 de julho de 2006

dar a luz

"a resposta de Capitu foi um riso doce de escárnio, um desses risos que não se descrevem, e apenas se pintarão; depois estirou os braços e atirou-mos sobre os ombros, tão cheios de graça que pareciam um colar de flores. eu fiz o mesmo aos meus, e senti não haver ali um escultor que nos transferisse a atitude a um pedaço de mármore. só brilharia o artista, é certo. quando uma pessoa ou um grupo saem bem, ninguém quer saber de modelo, mas da obra, e a obra é que fica. não importa; nós saberíamos que éramos nós"
machado de assis
dom casmurro


me falta cimento.

.saber que sou eu.

.obra de arte


já te imaginei um artista plástico, não grande, mas pequeno, daqueles que só se conhece quando as línguas são comuns
sem holofote, luz,

um brilho que somente eu via.
te direcionaria luzes quando julgasse nescessário
é branco, como a nuvem que brilha por culpa do fundo.

3 comentários:

  1. Anônimo3:21 AM

    "daqueles que só se conhece quando as línguas são comuns
    sem olofote, luz"

    já imaginei um amor assim

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  2. Anônimo12:05 PM

    haikai de gênio,Mayra,o máximo!seus poemas são muito femininos.Mas o haikai não tem sexo:simplesmente é.

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  3. Anônimo12:08 PM

    troquei seu nome,exatamente como faziam os artistas japoneses...

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Fala que eu quero ler.