segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sutileza(s) cotidiana(s)

E eu penso que tem tanta gente na rua, tanta gente que passa, que te olha com raiva, gente que te olha querendo entender, gente que não olha também, gente é uma esquizofrenia de Deus. Sendo assim, se você por acaso encontrar alguém, se por algum motivo precisar falar com essa pessoa, se você ouvir qualquer coisa que te pareça muito comum, se você percebe que gosta das coisas que ele diz, ou que não diz, pode ser da respiração, se você percebe que gosta da respiração dele, nada demais, aí você conseguiu, você descobriu uma espécie de amor, amor pelo jeito de respirar, se você encontra 3 formas de amor nessa pessoa, se você tiver vontade de ficar olhando pra ela enquanto ela dorme, aí a coisa já está mais avançada, mas eu digo, com esses três amores, eu, se fosse você, não soltava mais a mão dele, ou dela, não soltava até suar, até esse suor virar semente, até que ele se reproduza por aí, até que essa coisa saia de vocês, porque já não precisa, até que essa coisa precise gerar uma nova coisa.


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