sexta-feira, 21 de junho de 2013

sobre mais um fim na gávea.

e agora tem umas dores no corpo inteiro, tem uma vontade que tudo isso passe rápido, uma vontade de tomar algum remédio que cure, eu deito na cama e vejo as 4 paredes caindo, desabando, virando pó e eu me vejo no meio , na cama abraçada com a almofada amarela que é pra sempre, elas caem ao mesmo tempo sem fazer barulho e ninguém mais pode ver, sair é uma maneira de ser eterno, ficar pra sempre pode ser nunca mais estar na coisa, toda vez que eu deito na cama eu vejo essas paredes desabando, me dá um frio no braço, e eu lavei 5 calcinhas, hidratei o cabelo, depilei a perna, tudo pra tentar lembrar de mim, esquecer qualquer outra coisa, o mundo ás vezes fica de mau, ás vezes ele te mostra que nem sempre você pode, seus passos não são seus e você precisa aceitar isso, andar na direção que ele manda, não adianta, e quando nada mais adianta? tudo é banal, futuro não existe, ninguém dura pra sempre e eu já havia me dito isso, acontece que enquanto a parede permanece lá você insiste em permanecer aquecido, ser humano precisa de calor, lembra de você, remédio pra esquecer, tem? não tem mais nada, não ficou nada, coisas, sim, ficou um pen drive de fotos antigas, relações antigas, só isso, só um passado muito distante, ficou aqui em algum lugar, incenso pra limpar, vontade de voar pra longe dessa coisa de plano. quem era aquela pessoa no meio da rua? vestia blusa rosa, bermuda quadriculada, fumava cigarro, bebia cerveja, tinha um olho que nunca vi, eu nem ouvi nada, o que foi mesmo que disse? eu nem sei mesmo se eu estava realmente lá. 
as coisas não param, 
eu não paro, 
eu acho que ás vezes, 
eu não acho nada. 


(post antigo jogado aqui num canto ciber qualquer)

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