quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Eu quero falar sobre os encontros.


(Na verdade eu já falei, esse é um texto  passado, se passou no Rota 66 do Leblon, há dois anos, nesse mesmo período, verão)

Ela não consegue, ela não pode, ela não sabe encontrar.


Ela diz que tenta.


Ela chega num bar, ela esta tão cansada de tudo que acontece, ela pensa que viver demanda muita energia, por isso ela bebe, ela não tem dinheiro para terapia, ela não tem paciência para esperar ele ligar.

Ela percebe que ninguém mais interessa. Nobody. Personne. Niemand. Nadie. Nessuno. Ninguém mesmo.

Ela esta num bar com dois amigos.

Ela tem lábios grossos, tatuagens arrojadas, sorriso lindo e seios de silicone.

Ela diz que esta difícil, ela é linda, mas ela não pode, ela não sabe mais como, ela quer alguma coisa que possa valer essa pena toda, e um dia antes, um dia antes ela quase perdeu tudo, ela quase perdeu a vida por conta de um cara que entrou na Rua Alice a todo vapor, ele entrou e atropelou carros, pelo menos 6, ele realmente atropelou 6 carros, ele era um cara legal, ela também, mas eles não sabiam como, nem o que. 

Ela tem um amigo que vive desde março uma relação sem rótulos, ele não namora, ele tem alguém, e tem aquela amiga que namora de 15 em 15 dias, parece que todo mundo esta se encaixando, menos ela.

E um dia antes ela também quase perdeu toda essa agonia, ela ia se libertar dessa coisa, dessa maldição. 

Ela quase acreditou num cara, ela viveu coisas, mas no dia seguinte, como todo dia seguinte ele não ligou.




“Then i act like a woman and he's got
A woman who acts like a woman should”
Marylin Monroe

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