domingo, 17 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Eu quero falar sobre os encontros.
(Na verdade eu já falei,
esse é um texto passado, se passou no Rota 66 do Leblon, há dois anos, nesse mesmo período, verão)
Ela não consegue, ela não pode, ela não sabe encontrar.
Ela diz que tenta.
Ela chega num bar, ela esta tão cansada de tudo que acontece,
ela pensa que viver demanda muita energia, por isso ela bebe, ela não tem
dinheiro para terapia, ela não tem paciência para esperar ele ligar.
Ela percebe que ninguém mais interessa. Nobody. Personne.
Niemand. Nadie. Nessuno. Ninguém mesmo.
Ela esta num bar com dois amigos.
Ela tem lábios grossos, tatuagens arrojadas, sorriso lindo e
seios de silicone.
Ela diz que esta difícil, ela é linda, mas ela não pode, ela
não sabe mais como, ela quer alguma coisa que possa valer essa pena toda, e um dia antes, um
dia antes ela quase perdeu tudo, ela quase perdeu a vida por conta de um cara
que entrou na Rua Alice a todo vapor, ele entrou e atropelou carros, pelo menos
6, ele realmente atropelou 6 carros, ele era um cara legal,
ela também, mas eles não sabiam como, nem o que.
Ela tem um amigo que vive desde março uma relação sem rótulos, ele não namora, ele tem alguém, e tem aquela amiga que namora de 15 em 15 dias, parece que todo mundo esta se encaixando, menos ela.
E um dia antes ela também quase perdeu toda essa agonia, ela
ia se libertar dessa coisa, dessa maldição.
Ela quase acreditou num cara, ela viveu coisas, mas no dia
seguinte, como todo dia seguinte ele não ligou.
“Then
i act like a woman and he's got
A
woman who acts like a woman should”
Marylin
Monroe
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
the end - faltando 2 dias para
O gozo paralisa?
Quando você descobre que é.
- provar a comida do quilo antes de colocar no prato,
- ligar pra todos os amigos pra saber sobre os problemas deles quando eu tenho um problema maior,
- prender o cabelo bem no alto,
- riscar as coisas que eu anotei e fiz durante o dia,
- esquecer o celular em qualquer lugar e depois perguntar se alguém viu,
- programar a semana toda para desprogramar depois,
- reproduzir em silencio a voz da mulher no metro,
- andar de bicicleta de cabelo solto,
- sair de vestido e sem calcinha,
- olhar o mar por muito tempo,
- cavar um buraco na areia achando que logo chega o japão,
- acumular calcinhas para lavar,
- comer salada de fruta num copo verde no caminho pra faculdade,
- ir ao cinema no meio do dia sozinha,
- tomar banho frio,
- ouvir a conversa dos outros sempre que possível,
- ligar a tv e não ouvir o que ela diz
- passar água termal no rosto pra aliviar alguma coisa,
- nadar de olhos abertos,
- comer pizza de alho sozinha,
- espalhar post-it pela parede,
- colecionar lápis de cor,
- beber água direto na garrafa,
Percebe quando coloca a set list “auto estima” pra tocar depois de mandar uma
mensagem de conteúdo avassalador, revelador, quase que deformador, diz coisas
sobre mente que talvez nunca serão entendidas, coisas que a gente só diz pro
cara que a gente paga, o cara que não tem tempo de fazer julgamento de
personalidade, o cara que ouve todo mundo com o mesmo ouvido, e no final do dia
nada entra mais, mas ele levanta questões que te atingem num lugar, nesse mesmo
lugar que você agora desconhece, percebe que pela primeira vez consegue se
converter, se fazer voltar, se realinhar e sair do lado das coisas pequenas,
nessa hora morre o charme, e com ele talvez mais alguma coisa tenha ido, outra
nascido, não se sabe muito bem, porque é como se existisse um buraco nessa
mente, um buraco vazio de significado, um limbo que não reconhece mais, que
perdeu o controle, você? quem? ele, é como se fossem dois eles um bom e um
mau, bem cafona mesmo, você se alia ao bom pela primeira vez na vida, mas o mau
sempre esteve fazendo o que podia, agora ele dorme, ele precisa descansar, ele é o charme, para que sobre qualquer coisa no lugar certo, é o tipo de coisa que
ninguém talvez possa compreender, compreende da sua maneira, mas é um sair de
si legítimo, aceito, com medo, claro, mas honesto, porque é sempre mais fácil
correr em outra direção, parar de escrever pra passar desodorante, e aí pensa que foda-se a internet, começa quase que um novo ciclo, porque as coisas pequenas
faleceram, desfaleceram, foram pro buraco que no seu lugar, você levanta, se
olha no espelho, baixa os ombros, lembra da importância do seu corpo, do seu,
de você, da complexidade que é ser, você lembra de uma amiga que disse uma
coisa linda, disse que Paris tem fama de ser a cidade do amor, mas seus hábitos
mais comuns são feitos individualmente, como ler na grama ou tomar café numa
pâtisserie, percebe que onde há amor há uma dose cavalar de solidão, existe
cenário, mas existe gente, e quando chega gente é que tudo desorganiza, porque
gente sente, e quando sente muito perde o controle, porque nada mais tem
calma, é pressa, é confusão, é dor no estomago, é descoberta pra dentro, e tem
gente que passa a vida descobrindo pra fora, quando olha pra dentro ta cheio
demais, começa a pensar em fazer coisas que te devolvam parcialmente pra si,
relembra pequenos hábitos chatos ou não como reclamar das coisas que ele deixa
na pia depois de lavar louça, não, ainda não é isso, é outra coisa,
- ligar pra todos os amigos pra saber sobre os problemas deles quando eu tenho um problema maior,
- prender o cabelo bem no alto,
- riscar as coisas que eu anotei e fiz durante o dia,
- esquecer o celular em qualquer lugar e depois perguntar se alguém viu,
- programar a semana toda para desprogramar depois,
- reproduzir em silencio a voz da mulher no metro,
- andar de bicicleta de cabelo solto,
- sair de vestido e sem calcinha,
- olhar o mar por muito tempo,
- cavar um buraco na areia achando que logo chega o japão,
- acumular calcinhas para lavar,
- comer salada de fruta num copo verde no caminho pra faculdade,
- ir ao cinema no meio do dia sozinha,
- tomar banho frio,
- ouvir a conversa dos outros sempre que possível,
- ligar a tv e não ouvir o que ela diz
- passar água termal no rosto pra aliviar alguma coisa,
- nadar de olhos abertos,
- comer pizza de alho sozinha,
- espalhar post-it pela parede,
- colecionar lápis de cor,
- beber água direto na garrafa,
era isso que eu tava tentando dizer.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
3x4
Elle
por que sempre que eu tenho medo do mundo eu
ligo pra você?
eu quero acordar atrasada pra tudo, sentar na calçada, tomar café preto, acender mais um cigarro, fazer um filho á noite e me arrepender de manhã quando acordar atrasada pra alguma coisa que nem sei o que é.
Junior Aladier
Assinar:
Postagens (Atom)