segunda-feira, 25 de setembro de 2006

em chuva-noite-frio

A poesia me disse
com palavras ausentes
que a felicidade é dos cegos,
raros ouvintes

Me disse:

- Para que as palavras obedeçam
é preciso dor,
é preciso que a dor sangre.

Até que não haja força
Até que o ritmo perca o pulso
Até que não haja alma

Apenas pedaços

frustrados-pedaços-lírico-sentimentalistas
__________________________[lançados]
às almas desertas, às esquinas sem bar

aos bares sem álcool
aos álcools sem cigarro
aos cigarros sem fogo

De presente: a ausência
traduzida em poesia
em dor
em escritos usurpados do escuro.


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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

assim

disse-me que queria saber de mim, quem sou.... não preferes saber quem fui? digo-te que sou aquela, somente. mas já fui coisas maiores que isso.
já fui equilibrista, dançarina, insana, alguns até dizem que fui o máximo. passado caríssimo.

tá tudo assim... tão cheio de lacuna.