segunda-feira, 25 de setembro de 2006

em chuva-noite-frio

A poesia me disse
com palavras ausentes
que a felicidade é dos cegos,
raros ouvintes

Me disse:

- Para que as palavras obedeçam
é preciso dor,
é preciso que a dor sangre.

Até que não haja força
Até que o ritmo perca o pulso
Até que não haja alma

Apenas pedaços

frustrados-pedaços-lírico-sentimentalistas
__________________________[lançados]
às almas desertas, às esquinas sem bar

aos bares sem álcool
aos álcools sem cigarro
aos cigarros sem fogo

De presente: a ausência
traduzida em poesia
em dor
em escritos usurpados do escuro.


________________________________________

Um comentário:

  1. Anônimo9:41 PM

    coisalinda
    quero descobrir o que há por trás dessa poesia de canto de quarto escuro.
    quero descobrir-te mais aqui, querida.

    ResponderExcluir

Fala que eu quero ler.